CARTA PROGRAMA

CAPA DA CARTA PROGRAMA DA CORRENTEZA PARA 2011 - DIAGRAMADA

CARTA PROGRAMA DA CORRENTEZA PARA 2011 - DIAGRAMADA

NÃO AO SUCATEAMENTO DA EDUCAÇÃO!
UNIR OS ESTUDANTES PARA LUTAR POR UMA UNIVERSIDADE
PÚBLICA, GRATUITA E DE QUALIDADE!


A situação da educação é grave. Em todo o país têm acontecido manifestações e greves contra o abandono que a educação é vítima, seja na educação básica, onde em praticamente todos os estados trabalhadores na educação deflagraram campanhas em favor do pagamento de um piso salarial de R$ 1.100,00 (dois salários mínimos), sem que isso fosse atendido pela maioria dos governos estaduais; e na rede federal com a greve dos institutos federais e dos servidores das universidades, contra o congelamento por 10 anos dos salários dos servidores federais.
Quer dizer, mesmo o Brasil sendo um dos países mais ricos do mundo, com vastos recursos naturais, mercado interno de quase 200 milhões de pessoas, amplas áreas agrícolas, continuamos investindo menos de 3% do que o governo arrecada com a educação, e em conseqüência disso somos o país com o menor percentual de jovens com acesso ao ensino superior da América do Sul, com apenas 13% dos jovens de 18 a 24 anos, e a sua imensa maioria, mais de 70% estudante nas universidades privadas.
Aqui na UFAL os problemas que enfrentamos são graves, e o número de estudantes segue crescendo sem que a Reitoria e o governo garantam condições de ensino, pesquisa e assistência estudantil para todos. Em conseqüência desses problemas, ao longo de 2010 vimos greve dos professores, técnicos e estudantes em Delmiro Gouveia pelo atraso nas obras do campus Sertão, e os estudantes de Viçosa ocuparam a reitoria durante 11 dias, denunciando o abandono que o curso de Medicina Veterinária sofre hoje.
A situação não é diferente nos demais campi, e em Maceió a falta de vagas no Restaurante Universitário, a insegurança presente no campus, e a precariedade no Espaço Cultural foram combustível para manifestações que se seguiram durante esse último ano. Em Arapiraca, há falta de laboratórios e até mesmo de salas de aula, e por conta desse descaso alguns cursos sequer receberam conceito por parte do MEC.


Por tudo isso é tão importante o papel do movimento estudantil, e nos próximos dias 20 e 21 de setembro escolheremos a nova diretoria do DCE-UFAL. A Chapa 3 – CORRENTEZA – Quem Espera Nunca Alcança convida você a se somar conosco nessa luta em defesa de uma educação de qualidade, contra o corte de verbas da educação pública para seguir o exemplo dos jovens gregos, chilenos, espanhóis, egípcios, tunisianos e de toda a parte do mundo, que não se intimidaram e foram à luta para defender um país mais justo, uma educação de qualidade e até mesmo derrubar ditaduras para conquistar um novo futuro!
É assim que a CORRENTEZA quer convidar você a se somar conosco, a maior chapa dessas eleições do DCE-UFAL, presente em todas as cidades e unindo mais de 100 estudantes na certeza da luta para conquistar os nossos direitos, até porque QUEM ESPERA NUNCA ALCANÇA!

NOSSA DÍVIDA É COM A EDUCAÇÃO!
PELO INVESTIMENTO DE 10% DO PIB!

Há algum tempo ouvimos falar que o Brasil não é mais refém da dívida externa, e que agora somos um país independente e livre do FMI (Fundo Monetário Internacional). Mas a verdade é bem outra, e passados os últimos 15 anos o Brasil passou a ter um crescimento sem precedentes no pagamento da dívida interna, gerada através do próprio governo, com juros cada vez mais altos.
Em conseqüência disso, em 2010, o governo gastou R$ 635 bilhões com o pagamento da dívida pública, 45% do Orçamento da União enquanto que a educação e a saúde, juntos receberam menos de 7%. Resultado é que vimos no início do ano o corte de R$ 3 bilhões no orçamento da educação e um total de R$ 50 bilhões das áreas sociais, referente a moradia popular, saneamento básico, saúde, transporte e tantos outros itens que fazem falta no dia-a-dia do povo brasileiro.

É decisivo que passemos a investir mais na educação, pois sem uma devida ampliação em seu orçamento continuaremos vendo os problemas se multiplicarem e dificultando ainda mais o andamento dos cursos e a nossa formação profissional. De acordo com os estudos e reivindicações das entidades nacionais de educação só com a aplicação de 10% do PIB na educação poderemos dar um basta no atraso que a educação brasileira se encontra.
A CORRENTEZA que ao longo da gestão no DCE-UFAL denunciou o corte de verbas convoca os estudantes a se somar a campanha dos 10% do PIB para a educação, promovendo debates, mobilizações, realizando o plebiscito, e dizendo bem alto que a NOSSA DÍVIDA É COM A EDUCAÇÃO, portanto é hora de parar de pagar a dívida pública e investir na educação!

LEILÃO É PRIVATIZAÇÃO!
O PETRÓLEO É NOSSO!

Em 1997, o Presidente FHC assinou a Lei 9.478, que derrubou a soberania energética da nação brasileira, permitindo às empresas estrangeiras o controle do petróleo brasileiro, até então explorado unicamente pela PETROBRAS, empresa estatal criada na década de 50 após a grande campanha popular “O Petróleo é nosso!”
Hoje, com as descobertas de novas bacias petrolíferas na camada do Pré-Sal, o petróleo passa a ser ainda mais importante para o futuro econômico do país, e a política mantida pelo governo federal e os leilões promovidos pela Agência Nacional do Petróleo (ANP), presidida por Haroldo Lima (PCdoB), representam um grande ataque a soberania nacional e a entrega de uma riqueza tão importante para o país.
É preciso uma forte pressão popular, para que consigamos retomar o monopólio estatal do petróleo e a transformação da Petrobrás numa empresa 100% pública, para que os recursos provenientes do petróleo sejam investido em saúde, educação, moradia e na pesquisa de fontes de energia limpas, e não para os lucros das grandes petrolíferas.
O DCE-UFAL deve se somar nessa luta, e a Chapa CORRENTEZA – Quem Espera Nunca Alcança é a favor do monopólio estatal do petróleo e contra os leilões do petróleo!

UMA GESTÃO DE LUTAS E CONQUISTAS

Os dias 25 e 26 de maio de 2010 representaram um novo momento para o movimento estudantil da UFAL. A partir das eleições do ano passado os estudantes afirmaram a sua opção em construir um movimento estudantil combativo e que colocasse a luta por uma nova universidade e uma educação de qualidade no centro do DCE.
A Gestão CORRENTEZA conseguiu colocar os estudantes em luta em toda a Universidade. Da capital ao interior, o movimento estudantil se fortaleceu: o DCE foi reaberto, novos CA´s se formaram, passeatas estudantis sacudiram a universidade, realização de debates, jogos e muita cultura para mudar a rotina de apatia e distanciamento dos estudantes, praticada pelos outros grupos que antecederam a gestão.
O DCE resgatou seu espaço e voz no CONSUNI (Conselho Universitário), organizou o maior trote da UFAL em Maceió e alcançou todas as cidades do interior, promoveu Calouradas de recepção aos feras, aumentou a comunicação com os estudantes com o lançamento de 4 jornais informativos, realizou o maior debate de Alagoas entre os candidatos ao governado e ao Senado, reabriu a sede do DCE e o Bar da Sexta, apoio os jogos universitários (abandonado pela última gestão) e lançou a Copa do Fera, articulou a Semana da Mulher, Audiência na SMTT, participou da luta do SUS e contra a MP520.
Além disso, o DCE estabeleceu parceiras com o SINTUFAL, a ADUFAL e esteve presente junto aos movimentos sociais no Grito dos Excluídos, com os indígenas em Palmeira na luta pela demarcação, no plebiscito do limite da terra, entre outras tantas atividades que essa gestão tocou com muita ousadia e determinação.
Destaque também parar as passeatas “Collor nunca mais”, e os atos pela construção do RU, por segurança, por infra-estrutura nos cursos e pela interiorização que foi protagonista nesses últimos meses dos debates na UFAL, e pela primeira vez se viu representada e construindo conjuntamente com a diretoria do DCE.


Essa gestão teve a oportunidade de homenagear a memória dos alagoanos que foram vítimas da Ditadura Militar, com a instalação de um monumento no Campus de Maceió, na Praça do RU juntamente com a Secretaria Nacional de Direitos Humanos, prestando uma justa homenagem àqueles que não mediram esforços na luta por uma sociedade justa e igualitária, e ainda ao nosso eterno companheiro, o diretor de Movimentos Sociais do DCE, Douglas Magalhães, estudante de Filosofia que faleceu durante o último mês de junho. A ele dedicamos essa gestão e faremos o possível para honrar sua memória e luta dentro do DCE.
Mais lutas virão!
A COMUNICAÇÃO É UM DIREITO SOCIAL

O direito à disseminação da informação, referente à universidade, está inteiramente tolhido. Por conta disto, tudo o que ocorre em nossos campi está restrito aos nossos portões, seja na produção acadêmica, seja na disseminação de nossas opiniões. A UFAL não possui rádio nem TV universitária, estando seus respectivos ambientes de realização sucateados e abandonados, além de sua transmissão impedida por conta de seu estado de ilegalidade. Vale lembrar ainda o próprio abandono com que vive o curso de Comunicação Social, completamente abandonado pela Reitoria.
A Correnteza traz entre suas pautas a reivindicação de novos meios de comunicação da universidade, para que possamos chegar além dos campi da UFAL, e ampliar a visão da real situação de nossa universidade e da sociedade, criando um contraponto com a cultura de massas criada através dos grandes meios de comunicação. Reestruturar nossos laboratórios e instaurar a legalidade da rádio e TV universitária é uma medida extremamente importante para mudarmos radicalmente esse quadro.
Levar adiante dos portões a vida universitária é chave para que possamos atrair os estudantes a um comprometimento que vá além de sua grade curricular; empenho e luta devem partir do corpo discente e docente para que façamos a universidade atingir a toda a população de Alagoas.



EM DEFESA DO MEIO-AMBIENTE!
NÃO A REFORMA FLORESTAL!

Os impactos que sofrem o meio-ambiente são cada vez mais danosos para o futuro da humanidade. Aumento da temperatura, terremotos, furacões, são conseqüência direta de como tratamos e lidamos com a natureza, e sem dúvidas, a preservação das florestas e da vegetação é chave para a natureza.
Grandes empresas e latifundiários nunca levaram em conta o meio-ambiente frente os seus interesses, e são eles os grandes devastadores da natureza, tentando a todo momento aumentar seus lucros mesmo que para isso precisem desmatar ou fazer grilagem em terras públicas.
Os ruralistas, encabeçados pela Senadora Kátia Abreu (DEM) com o apoio do Dep. Aldo Rebelo (PCdoB) lançaram um projeto que amplia as áreas de desmatamento e anistia aqueles que já devastaram o meio-ambiente, tudo isso para aumentar áreas de pasto e produzir soja transgênica para o exterior.
É preciso dizer não ao novo código florestal, que só favorece o agronegócio e aumenta a devastação do meio-ambiente, em especial nas áreas ribeirinhas e encostas. Precisamos é de fortalecer a apoiar a agricultura familiar e desenvolver a soberania alimentar no país, respeitando a biodiversidade e garantindo o meio-ambiente longe dos lucros dos ruralistas.

Sou contra ruralista e a reforma florestal!


PELA VALORIZAÇÃO DA CULTURA E DO ESPAÇO CULTURAL

A valorização da cultura é um ponto determinante para o crescimento e o fortalecimento do povo, através da sua mais profunda manifestação de descontentamento, anseio ou mesmo de comemoração.
Assim, promover ações que possam formar um importante espaço de discussão e troca de experiências, reflexão, reconhecimento, difusão e conhecimento do que é aprendido dentro do ambiente universitário, a partir de uma perspectiva cultural da produção artística, podem integrar de uma outra forma a universidade e todo o seu corpo discente.
Envolver todos os estudantes inseridos num contexto cultural e artístico seja na parte de produção áudio-visual, folguedos e manifestações de cultura popular; seja na performance de grupos ou Cia de dança e/ou teatro, artes plásticas e divulgar todas as ações, através da realização do Festival Universitário de Cultura e Arte (FUCA) abrangendo e integrando todos os campi da UFAL, será meta da CORRENTEZA – Quem Espera Nunca Alcança nessa próxima gestão.
Mas para isso é preciso combater a criminalização que os cursos de Artes vêm sofrendo, lutando para a efetivação de um local com condições de apoiar a produção cultural, que garanta a credibilidade das ações desenvolvidas por alunos e professores de Artes da UFAL, envolvendo toda comunidade universitária.

Pela construção do Teatro Universitário! Pelo laboratório de Dança e Estúdio de Gravação!